terça-feira, 8 de março de 2016

E se a saudade bater


Hoje me deu saudade, mas uma saudade diferente. De quando a gente era feliz e vivia na mesma sintonia. Me deu saudade daquele fim de tarde abraçado sem pressa pra acabar, aquela risada boba das besteiras que aconteciam sem esperar. Me deu saudade do beijo dado com vontade, que virava mão boba e terminava naquele sexo gostoso que a gente sabia fazer.
Hoje me deu saudade daquele domingo chuvoso, quando deitávamos cobertos com a pipoca do lado pra assistir qualquer filme que você escolhia e acabava dormindo. 

Mas e ai, o que fazer com essa saudade? 
 "Ah, sai fora dessa, esquece isso ai cara, manda a saudade embora!" 

Eu fiz diferente, até deixei ela entrar e conversar comigo aqui baixinho, enquanto esperava o trem do metrô. Deixei porque não foi uma saudade ruim, não me trouxe mágoa nem desespero. Me trouxe um sorriso e uma mensagem, de que tudo teve seu lado bom e que relacionamentos não tem prazo de validade. Eles dão certo até onde dão, depois o que a gente guarda é ela mesma, a saudade. 

E não me envergonho de dizer que senti saudades dela, eu não deixei nada pra trás e não corri. Eu até espero mais algumas visitas desse sentimento durante algum tempo e não tenho medo disso. Afinal eu não guardo nem dinheiro, vou guardar tristeza e rancor pra que? 





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